Finalmente, após longos 4 meses, inicio o relato de fornecedores do nosso casamento. Irei postá-lo em partes para que não fique muito extenso ou cansativo. Não posso deixar de citar a importância do blog na louca, estressante e deliciosa saga dos preparativos do casório. A ideia inicial era que fosse um cantinho totalmente anônimo, sem fotos nossas, apenas para servir de registro dessa nossa fase e também como válvula de escape, pois muitas coisas que passamos e não podíamos comentar com outras pessoas, eu extravasei aqui. Acabou tendo uma repercussão que eu não esperava e descobri muitas leitoras. Foi ótimo saber que pude ajudar outras meninas de alguma maneira, ainda que à distância. E foi muito bom também ter esse espaço de desabafo, me ajudou muito. Sou formada em Comunicação Social e amo escrever, então, pretendo continuar atualizando-o, pois virou mesmo um hobby.

Sim, o relato terá fotos. Decidi reavaliar minha decisão de não publicar fotos nossas no blog para preservar nossa privacidade, pois acho que será injusto não mostrar como tudo ficou. Muitas de vocês, mesmo sem saber, me deram ânimo e um novo fôlego através de seus blogs e relatos para continuar, quando a barra estava difícil de suportar. Espero que possa ser útil a vocês conhecer um pouquinho da minha experiência.


I - Antes

Chá de Lingerie Surpresa

Eu não tive chá de panela. Nunca tive vontade de ter um e nem me organizei para tê-lo. No meio dos preparativos até dei uma animada, mas só de pensar em ter mais algum evento para planejar e executar, eu desanimava novamente. O noivo, que foi extremamente participativo durante todo o processo, queria muito fazer um chá-bar conjunto e eu não achava justo vetá-lo. Mas a participação dele incluía (muita) cerveja e mais um moooonte de amigos, e chegamos à conclusão de que não seria financeiramente viável. Com isso, nossas famílias se sensibilizaram e nos presentearam com praticamente todos os itens do chá de panela. Mas considero extremamente válido, por fazer parte do ritual de passagem e pelo momento de confraternização em si e esquenta para o casório. Por isso, uma dica que dou para quem deseja fazê-lo é que se organizem desde o inicio dos preparativos do casamento e destinem uma graninha para esse fim, para que não cheguem no finalzinho exaustas e falidas como eu.


Nesse embalo, acabei optando por não ter nenhum chá. Tinha considerado a possibilidade de reunir apenas as madrinhas e amigas mais próximas numa loja Loungerie, mas ela fechou nesse meio tempo. Já estava conformada com a situação, quando, exatamente uma semana antes do casório, tive um chá de lingerie surpresa que foi a coisa mais linda, carinhosa e caprichosa do mundo. Foi organizado pela minha irmã e minha cunhada junto com as demais madrinhas, Marcelo entrou na dança e fez a identidade visual do chá e as lembrancinhas. Eu não desconfiei de absolutamente nada. Teve bolo temático, chocolates personalizados, topo de bolo, um monte de lembrancinhas, decoração fofa, muitas comidinhas, espumante... Rolaram várias brincadeiras, me pintaram, tive que vestir mil calcinhas enorrrmes por cima da roupa! Haha Depois, os padrinhos subiram e a farra continuou até tarde! Eu amei, foi animadíssimo. 





Curso de Noivos – Paróquia Nossa Sra. Da Conceição – Nilópolis

Sim, eu saí de Copacabana às 06:30h da manhã de um domingo de sol e muito calor para fazer o Curso de Noivos em Nilópolis. Motivo: embora eu já tivesse assistido a uma cerimônia de casamento realizada pelo Frei José Pereira, eu queria muito mais um momento com ele antes do casamento e achei que seria a oportunidade ideal, pois esta é a paróquia dele. O curso de lá havia sido muito bem recomendado pela Carol, ex noiva do grupo e, apesar de não ser garantida a participação do frei nas palestras, resolvi arriscar. Não me arrependi. Pelo contrário, me surpreendi positivamente, pois o curso superou todas as minhas expectativas e me tocou profundamente. Não foi chato, não foi focado em religião, mas no amor, nas experiências de vida de casais que passaram por muitas adversidades e permaneceram unidos. Foi o dia inteiro, mas nem percebemos o tempo passar. O frei ministrou uma palestra linda sobre os sacramentos, fez um ensaio da cerimônia e chamou a mim e ao Marcelo para lermos os votos, foi muito emocionante. Além disso, houve palestras sobre regime de bens, direitos e obrigações do casamento civil, métodos contraceptivos, doenças venéreas, entre outras.

É paga uma taxa de 55 reais, pois é servido café da manhã, almoço e dois lanches durante o dia, muitíssimo bem servidos. Na véspera do meu casamento, me ligaram para desejar felicidades e achei de uma delicadeza ímpar. Tenho muita vontade de retribuir toda a atenção a nós dispensada participando como casal, mas a distância torna um pouco inviável.


Processo Civil – Cartório de Botafogo

Optamos por dar entrada nesse cartório, pois era mais próximo do noivo e das testemunhas que assinariam o processo. Lá não há reconhecimento nem abertura de firmas. Como a maioria dos envolvidos já tinha firma aberta no cartório de Copacabana, fizemos esse trâmite lá mesmo.

Achei o processo bem simples. Entregamos toda a documentação e após 30 dias, consultamos o andamento no site do cartório. Caso haja alguma pendência, deve ser sanada presencialmente. Caso não, ou é emitida a habilitação para o casamento civil (para casamento religioso com efeito civil) ou é agendada a data para assinatura da certidão oficial (para casamento civil apenas), que foi o meu caso, visto que optei por ficar uma semaninha em casa antes do casamento (e, diga-se de passagem, foi a melhor coisa que fiz).

Para as meninas que pretendem mudar de nome, lá não há regras pré-definidas. A noiva escreve no campo específico para este fim o nome que desejaria obter e o mesmo segue para apreciação do juiz, que pode acatá-lo ou não. Eu mantive o meu nome de solteira por razões particulares e acho que essa decisão compete exclusivamente à mulher. O noivo não gostou muito e sei que ficou chateado no início, mas já está conformado. Rsrs

Nosso casamento civil aconteceu no dia 28 de maio e foi lindo. Eu me referia a ele como meu casamento sem glamour, mas me surpreendi muito. São vários casais e a cerimônia é realizada num andar separado, com tapete vermelho e flores artificiais rsrs Eu achava que só assinaria os papéis e pronto, mas a juíza de paz chama cada casal por vez com seus familiares, faz um discursinho fofo, pede as alianças e tudo mais. Quase não as levamos, pois já estavam polidas para o casamento, mas graças a Deus eu as levei mesmo assim por desencargo de consciência! Hahaha Muuuuitas noivas a caráter, de bouquet e tudo. Antes, confesso que achava cafona. Hoje, não julgo e respeito, pois para muitas meninas, aquela seria a única celebração possível da realização de um sonho. Nada mais justo do que celebrarem como quiserem.


Processo Religioso – Paróquia Nossa Sra. da Luz

Demos entrada na paróquia do meu bairro, no mesmo dia do processo civil (03 meses antes). Correu sem maiores problemas, mas como não optamos pelo casamento religioso com efeito civil, tivemos que aguardar a assinatura e recepção da certidão de casamento para finalizarmos o processo e o entregarmos na igreja onde casaríamos. A entrevista com o padre é super tranquila, nada mais do que o preenchimento de um formulário padrão da Arquidiocese e um bate-papo bem informal. Podem ir sem medo! Rsrs