Nesse período que o casamento começou a tomar forma, baseado nos costumes anteriores e com o objetivo de garantir as fronteiras de novos reinos. Nesse momento que surge o vestido de noiva, uma forma de demonstrar para sociedade as posses da família através de seus adornos.

A noiva era apresentada em um vestido vermelho bastante bordado e na cabeça um véu com fios dourados, o vermelho significava a capacidade da noiva de gerar sangue novo e perpetuar. O véu branco demonstrava a sua castidade e ela usava a maior quantidade de joias possíveis nesse momento. Os noivos beiravam os 14 anos de idade, lembrando que a expectativa de vida era outra nessa época.



Nas famílias que não tinham posses não existia o dote e a festa ocorria em um festejo popular, normalmente em um domingo. Ocorria normalmente em maio, no início da colheita, representando a abundância na casa do homem do campo. Santo Antônio era quem abençoava, pois era o santo protetor da fertilização dos campos e lavouras.

No período do Renascimento alguns objetos vistos hoje já começam a tomar forma. O uso da tiara passou a ser um item obrigatório, sendo o ancestral da atual grinalda. A primeira noiva a se vestir de branco foi Maria de Médici ao se casar com Henrique IV, herdeiro da coroa francesa. Italiana, Maria foi de encontro aos costumes da família do noivo espanhola e demonstrando a exuberância italiana usou um vestido com decote quadrado com o colo a mostra e causou escândalo perante o clero.

Casamento Maria de Médici e Henrique IV

O mais impressionante que achei, foi a informação de que no período Rococó as noivas se casavam com vestidos de tecidos brilhantes, bordados com pedrarias e babados de renda. Na cabeça usavam uma peruca conhecida como Pouf do Sentimento, onde era colocado um cupido, o retrato do noivo, frutas e verduras representando a abundância.



A Revolução Francesa trouxe a simplicidade e colocou o branco em destaque. Foi acrescentado o véu branco e a transparência dele como símbolo de castidade e a guirlanda de flores da jovialidade. Em vista da guerra, Napoleão estipulou a idade mínima dos homens de 21 anos e 18 das mulheres para que os mais jovens pudessem estar disponíveis para ir para a guerra. Com isso se tornou obrigatório o registro em cartório público e celebração da cerimônia civil do matrimônio para o controle desses limites.