Estão bombando nas redes sociais e na mídia em geral comparações do casamento do Latino com o casamento do Naldo. Confesso que vi fotos somente da noiva do Latino, que estava linda e clássica, por sinal. Do outro casamento, vi bastante coisa e, realmente, não gostei de quase nada. Parece que o “Oh, Baby, me leva” casou no Copacabana Palace e que, com exceção da vestimenta prata do noivo, tudo estava lindo e de bom gosto, que era para o Naldo aprender com eles, etc...

Ai eu fico me perguntando... Até que ponto as pessoas tem a ver com isso? Será que os conceitos de breguice e elegância não são tão subjetivos que deveriam ser analisados de acordo com os gostos pessoais do casal, o repertório de vida de cada um e tudo mais? Sei que vão pensar que se tratam de dois cantores populares, de origem humilde, mas que conquistaram fama e dinheiro suficientes para contratar o melhor cerimonial da indústria de casamentos. Ok, concordo. Mas e os sonhos de cada um? E se a Moranguinho sonhou a vida interira em se casar com um vestido de capa? Uma maquiagem mais exagerada e extravagante não pode ser o estilo dela? Me parece que seja. Gosto duvidoso, eu sei. Também nunca me casaria assim. Mas vejo tanta modinha estranha de casamento bombando por ai, que acho que muitas vezes, devemos olhar para nossas próprias ações antes de julgarmos o outro.

Talvez seja por isso que a fase dos preparativos do casamento seja tão maravilhosa e ao mesmo tempo tão estressante. Porque as pessoas, nossas famílias, amigos, conhecidos, desconhecidos e sei lá mais quem se acham no direito de opinar, criticar, dar dicas, sugestões, e mais um monte de coisas não solicitadas. E agora, nos pegamos fazendo o mesmo no casamento alheio.

São pessoas públicas? São. É normal fazermos comentários (ainda que maldosos)? Infelizmente é, e todo mundo faz, inclusive eu. Mas depois de estar sentindo na pele a pressão por todos os lados de ter um casamento o mais perfeito possível (como se isso realmente fosse viável), equilibrar mil pratos tentando agradar a todos, o que nunca conseguirei, sinto mais compaixão pelo outro e me ponho no lugar dele. Porque é tão difícil aceitarmos que cada um tem seus gostos, seus desejos, seus sonhos e que o casamento só diz respeito a duas pessoas e que não importa a forma como essa relação seja celebrada, o que é fundamental mesmo é o amor, que une duas pessoas perante a Deus de acordo com suas crenças? Às vezes não conseguimos perceber que esse tipo de preconceito e pré-julgamento é a raiz, por menor que seja, essa falta de respeito pelas escolhas do outro, é a sementinha para preconceitos maiores, aquele que faz as pessoas ignorarem o gari que varre a rua por onde passa todos os dias, o porteiro do prédio, a moça da faxina do seu trabalho, o cara que éculpado previamente só por ser negro, porque se acham de alguma maneira superiores ao outro. E isso vale para coisas muito pessoais também, como gostos e desejos.

Desculpem o desabafo gente, acho que todo mundo tem direito a opinião e esse post não é uma crítica direcionada a ninguém. É apenas um ponto de vista contrário à maioria, de uma noiva estressada, surtada e muito, muito sensível, há menos de 3 meses de se casar e que está morrendo de pena dos casamentos alvos de críticas, por saber o quanto é difícil fazer uma festa de casamento (mesmo para milionários) e por saber que mesmo com tanto esforço, eu tbm poderei passar por isso.