Como o mercado de casamentos sugestiona as pessoas
quarta-feira, 17 de setembro de 2014 00:01
Postado por Dani
Quem acompanha o blog desde o início sabe que sou
publicitária. E, sendo assim, estudei a fundo esses jogos mercadológicos que
fazem com que as pessoas desejem coisas específicas. Somos impactados o tempo todo
por mensagens subliminares cujo objetivo é nos persuadir a consumir determinado
produto, serviço, marca. No mercado de casamentos não é diferente. Assim como todos
os nichos, ele é segmentado e seus eventos/mídias são planejados e executados visando
atingir um determinado público-alvo. Assim, uma feira como a Expo Noivas será
totalmente diferente de um evento mais exclusivo, como alguns idealizados por
revistas líderes de mercado. A gigante Expo pretende atingir o maior número de
noivas possíveis, enquanto os outros focam em um perfil bem específico de
público, mais sofisticado.
Como noiva, fui bombardeada o tempo todo com mensagens do
tipo: “tem que ter!”. Mesmo com a formação acadêmica que tenho, não foi fácil
resistir (e, muitas vezes, de fato, não resisti mesmo). Li várias matérias em
sites e revistas especializadas de extremo mau gosto, com títulos do tipo:
“como não ter um casamento cafona”, “o in
e o out em casamentos”, verdadeiras
regras ditadas pelos Midas da área.
Acredito que orientação seja algo muito válido, mas imposição de tendências por
matérias patrocinadas, não. Assim, não é preciso ser nenhum expert no assunto para saber que o blog famoso indica fornecedores parceiros, que a revista badalada dá
preferência a casamentos que tiveram como fornecedores seus anunciantes. Nada
disso é errado, mas é preciso ter discernimento para não pirarmos nessa
indústria casamenteira, que prega e incentiva a realização do sonho sem
limites.
Não pense que se vc não casar com o vestido da marca X, usar
a grinalda Y, se a sua festa não acontecer em um local renomado do eixo A-B,
que seu casamento será menor. Não será. Nem tudo que as estilistas queridinhas
fazem é bacana, nem todo vestido de grife veste bem, nem todo doce da doceira
da vez é de comer rezando, nem todo lugar bacana tem um buffet que justifique
seu preço. Vejo muitas meninas se endividando para pagar coisas que elas sequer
queriam, mas bombardeadas por mensagens deste tipo, julgam agora serem
imprescindíveis para o sucesso de suas festas.
Pensamentos do tipo “Como casar
sem a bateria famosa?” “Sem os picolés no fim da festa?”, “Sem um carrinho de
pipoca na porta da igreja”? passam a ser dominantes. A dica que eu deixo é:
adequem seus sonhos a sua realidade. Cito-me mesmo como exemplo. Numa feira da
vida, enlouqueci com uma máquina de sapatilhas, totalmente fora do meu
orçamento. Mas era tão bacana, que me vi fazendo mil contas e possíveis cortes
para tê-la no meu casamento. Resolvi dar mais uma volta e acabei constatando
que o item era muito legal, sim, mas não era uma necessidade e eu não precisava
me endividar por ele. Por isso, é muito fácil perder nossa essência e aquilo
que acreditamos no turbilhão dos preparativos do casamento. Manter o foco e os
pés no chão é muito importante. Seu casamento será lindo, tendo o que tiver. O
que importa é o amor e isso eu sei que não falta.
O que é brega para um, pode não ser para outro. O que é
tendência hoje, pode não ser amanhã. Foque no seu gosto pessoal, tenha um
casamento com a sua cara e seja muito feliz!
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17 de setembro de 2014 às 11:26
Perfeito Dani, é exatamente assim q nos sentimos, eu até q fui bem pé no chão sabe, eu acho....rsrsrsr
bjs
fernandamouta.blogspot.com
1 de outubro de 2014 às 16:42
Fotocabines, chinelos, lembrancinhas de todos os tipos... troco tudo por mais uns dias de lua de mel, por detalhes na minha nova casa, ou ate mesmo uns reais a mais na conta corrente pra pagar as contas que nao sao poucas... To ansiosa pra ler o relato dos fornecedores! Bjs
Nat