Tenho abordado aqui alguns temas ligados ao orçamento doméstico, mas além de falar de dicas para economia pretendo falar de artifícios para a nossa segurança também. Trabalho com seguros há muitos anos e qualquer dúvida mais técnica podem perguntar.

O objetivo principal do casamento é constituirmos uma família e a apresentação desse ato a sociedade é cerimônia. Existe um conceito que o seguro de vida tem apenas o propósito de indenizar em caso de morte, mas é ingênuo pensar assim, pois o seguro de vida tem também o objetivo de uma indenização em caso de invalidez.  Portanto devemos sempre ter um seguro de vida e após o casamento aí sim que não podemos deixar de contratar.

Minha maior preocupação é com o futuro de minha esposa e como nossas despesas são quitadas com o resultado do trabalho de ambos, tenho total noção que uma falta minha poderá gerar perdas muito maiores além das sentimentais e devemos estar preparados para tudo. Um financiamento de imóvel, veículo, aluguel de casa, escola de filhos... e por aí vai.

O seguro de vida tem uma fama nebulosa, as pessoas falam: “Para de me agorar! Tá querendo ver a minha morte!”. Não devemos pensar assim e sim estar sempre preparado para as adversidades. Devemos ter a ciência que moramos em uma cidade perigosa e que acidentes acontecem.

Consciente agora da necessidade de um seguro de vida, devemos pensar: “Quem depende de mim financeiramente?”, se apenas futura esposa como eu já é um motivo. Se incluir aí filhos é porque você já deveria ter contratado. Segundo pensamento é “Qual o montante necessário para manter o padrão de vida da minha família pelos próximos 02 anos?”, respondido isso terá o capital segurado ou seja o valor do seu seguro. O seguro de vida não tem o objetivo de deixar ninguém milionário e sim estabilizar a família com a falta de renda do ente falecido.

Algumas dicas:
  • Não contrate seguro com banco. Eles não são especialistas nesse ramo e muitos dos vendidos são caros demais e não possuem todas as coberturas corretas. Procure entidades independentes e temos uma série opções de boas seguradoras.
  • Procure um corretor de seguros especialista em benefícios, ele sim poderá te orientar o panorama do mercado e qual produto e segurados se adaptam ao seu perfil.
  • Calcule o capital segurado necessário corretamente. Não é para pagar um seguro para depois deixar um dependente milionário. Para simplificar, pegue o seu salário e multiplique pelo tempo que acha necessário para a sua família se estabilizar. Exemplo: Temos um casal onde a renda em conjunto é 4 mil reais (2 mil de cada um). Digamos que o seu objetivo é garantir a renda de um dos dois por 2 anos, pois acha que é o tempo necessário para se estruturar. Teremos 24 meses X 2 mil = 48 mil reais de capital. Esse seria um cálculo básico, com filhos normalmente pensamos no período necessário para o pagamento de estudos e demais despesas.
  • Não vou ficar aqui falando os termos técnicos, para não ficar maçante. O que deve saber é que o seu seguro deve conter as seguintes coberturas: MQC (Morte qualquer causa), MA (morte acidental), IPA (Invalidez Permanente Total ou Parcial por Acidente) e IFPD (Invalidez Funcional Permanente Total por Doença) e a Assistência Funeral.
  • Inclua a cobertura de Cônjuge, pois com isso fará o seguro para os dois muito mais barato que dois novos seguros individualmente.
  • Eleja quem são os beneficiários e seus percentuais para a seguradora, isso facilita e muito o procedimento natural de pagamento.
  • Se possuir seguro pela sua empresa, calcule se ele está adequado as suas necessidades. Caso negativo contrate outro individualmente para essa complementação.


O objetivo é dar uma luz sobre esse assunto e despertar o interesse em todos. 
Espero ter ajudado.