Na cultura indígena não existe namoro, eles simplesmente se casam. Para saber se estão prontos para o casamento é preciso a realização de rituais para serem tidos como adultos. Existem muitas variações de tribos para tribos, mas a maioria é monogâmica.

Ao se casar, o homem Xavante deve morar na casa dos sogros. Casa-se com uma ou mais mulheres da mesma casa.

Na tribo Tükúna, o homem que deseja se casar procura um outro que tenha uma irmã. Pede para se casar com a irmã dele e lhe oferece ao mesmo tempo sua irmã solteira.

Entre os Tupi, Suruí e Asuriní, é permitido e frequente o casamento de um homem com a filha de sua irmã.

O chefe Nambikuára tem o privilégio de ter várias esposas. A primeira cuida do filho e das tarefas domésticas. As outras mulheres, mais jovens, acompanham o marido no trabalho.

No meio dos índios, o amor não é o principal fator para a escolha de um cônjuge. As mulheres preferem um grande caçador, um bom agricultor, um guerreiro ou um curandeiro de prestígio. Os homens, por sua vez, preferem as mulheres mais trabalhadoras, em vez das mais bonitas.

Os casais indígenas não andam de mãos dadas, nem abraçados, nem se beijam. O afeto é demonstrado de outras maneiras. No caso dos índios Krahó, por exemplo, a mulher pinta o corpo do marido de urucum e carvão, tira-lhe os piolhos do cabelo, tira-lhe os cílios e as sobrancelhas. Ao cair da tarde, o casal estende uma esteira no chão, fora de casa, e ficam sentados sobre ela, fumando ou conversando. Quando um dos dois adoece, o outro não sai de casa.


Fonte: Guia dos Curiosos