Adoro o programa Chuva de Arroz, do canal a cabo Gnt. Impossível não se emocionar com as histórias ali narradas. A cada episódio, a seonsação de que estamos no caminho certo é cada vez mais evidente. Sempre que bate alguma dúvida, alguma indecisão, alguma vontade de desistir, ouvir esses relatos é reconfortante. E todas as dúvidas se dissipam, como em um passe de mágica. Um bálsamo para o coraçãozinho apertado e ansioso de uma noiva como eu! Rsrs

No episódio de ontem, foi contada a história de um casal que namorou à distância por longos seis anos. E quando ambos já estavam cansados e sobrecarregados, quando o desgaste emocional já havia atingido o ápice e a então namorada decidiu jogar a toalha, eis que surge o pedido de casamento. Decidem se casar em uma igrejinha LINDA em Trancoso, que fica na praia mesmo, fincada na areia. Uma cerimônia intimista, apenas para a família e amigos próximos. Dos 100 convidados, apenas 5 faltaram. Todos os preparativos foram feitos à distância. No meio do processo, a noiva, que perdeu sua mãe aos 20 anos, vê sua segunda mãe e madrinha, sofrer uma queda, ter um traumatismo craniano e entrar em coma. Pensando em desistir de tudo, ela não via a menor possibilidade de casar sem aquela pessoa tão essencial a seu lado nesse momento. Mas o milagre acontece, a madrinha se recupera e ao acordar do coma, sem saber de nada e ao ser perguntada onde seria o casamento, responde sem titubear: Trancoso.

A história é emocionante do início ao fim. E mais uma prova de que nada é impossível diante do Amor.

A segunda história era sobre um casal de bailarinos. Ela, brasileira, ele, espanhol, se conheceram em Londres. Casaram-se no Brasil. A noiva entrou sozinha, pois o pai já havia morrido e ela não imaginava ninguém que pudesse substituí-lo, ninguém ocuparia aquele lugar. Confesso que me identifiquei MUITO com isso. Assim como ela, perdi meu pai em 2006. Confesso que muitas vezes me questionei se valeria a pena me casar sem tê-lo ao meu lado, me tomando pela mão. Quem ocuparia aquele lugar? Ninguém, pois ele simplesmente não está vazio. Entraria com a minha mãe? Com algum tio querido? Sozinha? Fato é que a falta é enorme. Vivi um dilema muito parecido ao me formar. Estava feliz pela conquista, mas com uma angústia gigante por não tê-lo ali, presenciando aquele momento. Cheguei a me culpar por ter trocado de curso, quem sabe não teria dado tempo? Chegava a fazer contas malucas para me certificar que não, não teria dado tempo, mesmo. Perdi várias noites de sono por saber que não o teria ali. No dia, inexplicavelmente, o cerimonial da formatura disse que homenagearia aqueles que não puderam comparecer fisicamente, mas que certamente estariam ali em presença espiritual, e tocou a música "PAI" do Fábio Jr. Ali tive a certeza de que minhas preces foram ouvidas e sim, meu pai estava ali, me entregando aquele canudo e homenageado, como todos os pais presentes. Nem preciso dizer que chorei absurdos. Rsrs

Tenho certeza que em meu casamento, não será diferente. Ele estará ali, me conduzindo ao altar, me segurando pelas mãos, vivo no meu coração.


Londres,