A primeira coisa que deve ser feita nos preparativos do casório é ter ideia de para quantas pessoas será o casamento, nem que seja ao menos uma média. Isso é importante porque praticamente todos os itens a serem contratados serão proporcionais a este número. O buffet, a quantidade de bebidas, doces, lembranças... Em algumas casas, até mesmo a locação do espaço físico é proporcional ao número de pessoas contratadas. Assim, é fundamental que seja feita uma lista preliminar bem no comecinho do planejamento. Claro que ela sofrerá muitas mudanças ao longo do tempo, mas de nada adiantará pagar uma festa para 100 pessoas e ter 400 na lista, é preciso bom senso. Já ouvi muitos relatos de pessoas que convidaram mais que o dobro do contratado para o casamento, o que, particularmente, acho loucura. Somente em casos atípicos, em que a maioria dos convidados é de locais distantes, esse número se justificaria, ou festas próximas a grandes feriados ou datas comemorativas.


O que vemos é um percentual de faltosos na faixa de 30%, numa festa em condições normais. Sendo 20% antes do RSVP e mais 10% após. Essa é uma margem segura para se trabalhar, pois mesmo que se ultrapasse o número de presentes, não será nada absurdo que comprometa a qualidade da festa, ao passo que mesmo que muitos faltem, os noivos não terão um casamento vazio e nem prejuízos.


Agora, a pergunta mais difícil a se fazer para os noivos: como chegar a uma lista final de convidados? O que se deve considerar? Quem não pode ficar de fora? Familiares distantes devem ser convidados? E a turma toda do trabalho? Complicado, não? Bem, com a mudança da sociedade e consequentemente, da instituição do casamento, as grandes festas vêm dando lugar a comemorações íntimas, os mini weddings, em que a festa é oferecida a um grupo seleto de pessoas. Assim, a tendência é que os noivos convidem somente pessoas que de fato sejam importantes para o casal, participem de alguma forma e tenham convívio social intenso com os noivos. E mesmo em casamentos para um número maior de pessoas, esse movimento também é observado, e cada vez menos os casais se veem obrigados a convidar pessoas apenas por obrigação, convenção social ou política. Muito se deve ao fato de que na maior parte dos casamentos, são os noivos que dividem e arcam com os custos da festa e, consequentemente, se livram (ou pelo menos QUASE se livram) da indefectível listinha de convidados sem a menor relação com os noivos que os pais que bancam a festa trazem para o casório.


Como hoje, com a inflação casamentícia, é praticamente humanamente impossível bancar a festa para um grande número de convidados, selecionar não é só devido, como preciso. E então aquela tia distante não tem vez... Ou aquele amigo de infância cujo contato se limitou às redes sociais. Por isso, avalie bem com quais pessoas pretende compartilhar esse momento tão significativo. Claro que não dá pra deixar de convidar o chefe, por exemplo, ainda que por mera convenção. Mas em todo caso, pense com carinho antes de sair convidando ou falando de seu casamento para deus e o mundo. Sim, muitas pessoas não tem noção alguma e se auto-convidarão para o casamento. Por isso, quanto mais discreta vc for, melhor. Claro que a vontade de postar cada prova do vestido no facebook é enorme, mas contenha-se e poupe-se de aborrecimentos desnecessários. Convide pessoas que façam diferença, tenham uma boa relação e torçam por vocês. No mais, curtam os preparativos e sejam felizes.

No link abaixo, o cerimonialista badalado Roberto Cohen, fala sobre a tão temida lista de convidados, os primeiros cortes a se considerar e o que a diz a etiqueta sobre quem incluir ou não. Vale a pena dar uma olhada, pois as dicas são ótimas.

http://tvg.globo.com/programas/mais-voce/O-programa/noticia/2013/07/dicas-saiba-como-preparar-sua-lista-de-convidados-e-evitar-as-saias-justas.html